Como endocrinologista, recebo muitas ligações no consultório se trabalho com hormônios bioidênticos, e a resposta é sim. Vamos explicar.
Por definição hormônios bioidênticos são hormônios que possuem a mesma estrutura química e molecular do hormônio natural, isomoleculares. Chamo também de hormônios humanos pois são iguais aos nossos. Só que este termo foi indevidamente associado a terapias antienvelhecimento.
Hormônio natural não quer dizer bioidêntico, por exemplo os fitoestrógenos encontrados na soja são naturais mas não bioidênticos. Assim como bioidêntico não quer dizer natural, podemos ter um hormônio bioidêntico é sintético, mas é mais natural por ser igual ao nosso.
Quando o endocrinologista prescreve progesterona (nome comercial utrogestan), hormônio de crescimento, o GH, insulina são todos hormônios bioidênticos só que produzidos por grandes laboratórios.
E preferível optar pelos produtos bioidênticos prontos em farmácias por serem mais controlados e com menos risco de serem mal preparados. Os manipulados são preferidos para doses individualizadas, feitas em farmácias de manipulação de qualidade. Para tratamento da menopausa prefiro os manipulados por serem mais flexíveis nas dosagens.
Outro termo com grande apelo comercial é a modulação hormonal. Toda vez que o médico faz terapia de reposição hormonal, por exemplo na menopausa está fazendo uma modulação hormonal que pode ser ou não bioidêntica.
Os hormonios bioidênticos, isomoleculares, devem ser sempre tomados com orientação de um médico endocrinologista pois o seu uso de maneira abusiva podem acarretar sérios efeitos colaterais.
A SBEM ( Sociedade Brasileira de Endocrinologia) tem também o mesmo posicionamento.
Quanto as terapias antienvelhecimento (Ah! A eterna busca da fonte da juventude) também tem um posicionamento contrario do CFM (Conselho Federal de Medicina)
Então a resposta é como endocrinologista prescrevo hormônios bioidênticos buscando o equilíbrio hormonal personalizado.
Obs: Para maiores informações ver posicionamentos SBEM – Hormônios bioidênticos e CFM – terapias antienvelhecimento